Santo Sepulcro
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A Basílica do Santo Sepulcro é um local em Jerusalém onde a tradição cristã afirma que Jesus
Cristo foi crucificado, sepultado e de onde ressuscitou no Domingo
de Páscoa. Constitui um dos locais mais sagrados da cristandade.
História
Na sequência da destruição de Jerusalém em 70 d.C, o
imperador romano Adriano
visitou a cidade em 129-130, ordenando a sua reconstrução segundo um modelo que
visava fazer dela uma cidade pagã chamada Aelia Capitolina. Neste sentido, o imperador ordena
que o local identificado com a sepultura de Jesus seja coberto com terra
e que nele fosse construído um templo dedicado a Vénus.
Em 313 o
imperador Constantino decretou o Édito de Tolerância
para com os cristãos (ou Édito de Milão), que implicou o fim das
perseguições. Em 326,
sua mãe Helena visitou Jerusalém
com o objecivo de procurar os locais associados aos últimos dias de
Cristo. Em Jerusalém, ela identificou o local da crucificação (a pedra
denominada Gólgota) e a tumba próxima conhecida como Anastasis
("ressurreição", em grego). O imperador decidiu então construir um
santuário apropriado no local, a Igreja do Santo Sepulcro. Os
arquitecos inspiraram-se não nas estruturas religiosas pagãs, mas na basílica,
um edifício que entre os romanos servia como local de encontro, de
comércio e de administração da justiça.
Em 614, a
igreja de Constantino foi destruída pela invasão dos persas que roubaram
os seus tesouros. A basílica foi reconstruída pelos bizantinos.
Em 638, a
cidade de Jerusalém passa para as mãos dos muçulmanos. Os primeiros líderes muçulmanos de
Jerusalém revelaram-se tolerantes para com o Cristianismo. Porém em 1009 o califa
fatimida Al-Hakim ordenou a destruição de todas as igrejas de Jerusalém,
incluindo o Santo Sepulcro. A notícia da sua destruição foi um dos
factores que estiveram na origem das Cruzadas.
Em 1099,
os Cruzados tomaram Jerusalém e construíram uma nova basílica que, no
seu essencial, é a que se encontra hoje no local. A nova igreja foi
consagrada em 1149.
Debaixo da igreja encontra-se a cripta de Santa Helena, local onde a
mãe de Constantino afirmou ter encontrado a verdadeira
cruz na qual Jesus foi crucificado.
Com o regresso de Jerusalém ao domínio islâmico, Saladino
proibiu a destruição de qualquer edifício religioso associado ao
Cristianismo. No século XIV, o local começou a ser administrado
por monges católicos e por monges ortodoxos gregos. Outras comunidades pediam também a
possibilidade de gerir o local (coptas egípcios e coptas sírios)
No século XVIII, procedeu-se à reparação da cúpula
da Igreja do Santo Sepulcro. Em 1808 um
incêndio destruiu o local e a restauração iniciou-se em 1810. Novos
restauros ocorrem entre 1863 e 1868.
Em 1927
um sismo em Jerusalém causou graves estragos à estrutura.
Propriedade
Desde o tempo dos cruzados, os recintos e o edifício da Barsílica do Santo Sepulcro trornaram-se propriedade das três maiores denominações - os greco-ortodoxos, os armênio-ortodoxos e os católico-romanos. Outras comunidades - os copta-ortodoxos egípcios, os etíope-ortodoxos e os sírio-ortodoxos - também têm certos direitos e pequenas propriedades dentro ou a pouca distância do edifício. Os direitos e os privilégios de todas estas comunidades são protegidos pelo Status Quo dos Lugares Santos (1852), conforme estabelece o Artigo LXII do Tratado de Berlim (1878).
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