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quinta-feira, 28 de julho de 2011

John Stott morreu aos 90 anos: Um dos maiores teólogos e escritores cristão do mundo

John Stott morreu aos 90 anos: Um dos maiores teólogos e escritores cristão do mundo
Faleceu na tarde desta quarta-feira, 27, o líder e evangelista londrino John Stott. Segundo informações do presidente do ministério que carrega o nome do líder, Benjamin Homam, a morte aconteceu às 3:15 (horário de Londres) por complicações relacionadas à sua idade avançada -Stott tinha 90 anos-. Nas últimas semanas, Stott já não vinha se sentindo bem.
Família e amigos haviam se reunido recentemente com Stott. Homam frisou ainda que o ministério já se preparava para o pior. “Stott deixou um exemplo impecável para lideres de ministérios em todo o mundo. Deixou para muitos um amor pela igreja global, e uma paixão pela fidelidade bíblica e amor pelo Salvador”.
Considerado uma das mais expressivas vozes da Igreja Evangélica contemporânea, o inglês Jonh Stott nasceu em 27 de abril de 1921. Foi um agnóstico até 1939, quando ouviu uma mensagem do reverendo Eric Nash e se converteu ao cristianismo evangélico.
Estudou Línguas Modernas na Faculdade Trinity, de Cambridge. Foi ordenado pela Igreja Anglicana em 1945, e iniciou suas atividades como sacerdote na Igreja All Souls, em Langham Place. Lá continuou até se tornar pastor emérito, em 1975. Foi capelão da coroa britânica de 1959 a 1991.
Stott tornou-se ainda mais conhecido depois do Congresso de Lausanne, em 1974, quando se destacou na defesa do conceito de Evangelho Integral – uma abordagem cristã mais ampla, abrangendo a promoção do Reino de Deus não apenas na dimensão espiritual, mas também na transformação da sociedade a partir da ética e dos valores cristãos.
Em 1982, fundou o London Institute for Contemporary Christianity, do qual hoje é presidente honorário. Escreveu cerca de 40 livros, entre os quais Ouça o Espírito, ouça o mundo (ABU), A cruz de Cristo (Vida) e Por que sou cristão (Ultimato).
Fonte: Creio

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de vista médico


A Crucificação de Cristo, a partir de um ponto de vista médico
Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror, por tratar seus detalhes de forma tão familiar – e pela amizade distante que eu tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus. Os escritores do evangelho não nos ajudam muito com este ponto, porque a crucificação era tão comum naquele tempo que, aparentemente, acharam que uma descrição detalhada seria desnecessária. Por isso só temos as palavras concisas dos evangelistas “Então, Pilatos, após mandar açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura?

Dados históricos

Isto me levou primeiro a um estudo da prática de crucificação, quer dizer, tortura e execução por fixação numa cruz. Eu estou endividado a muitos que estudaram este assunto no passado, e especialmente para um colega contemporâneo, Dr. Pierre Barbet, um cirurgião francês que fez uma pesquisa histórica e experimental exaustiva e escreveu extensivamente no assunto.
Aparentemente, a primeira prática conhecida de crucificação foi realizado pelos persas. Alexandre e seus generais trouxeram esta prática para o mundo mediterrâneo–para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveram nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga.
Por exemplo, a porção vertical da cruz (ou “stipes”) poderia ter o braço que cruzava (ou “patibulum”) fixado cerca de um metro debaixo de seu topo como nós geralmente pensamos na cruz latina. A forma mais comum usada no dia de nosso Senhor, porém, era a cruz “Tau”, formado como nossa letra “T”. Nesta cruz o patibulum era fixado ao topo do stipes. Há evidência arqueológica que foi neste tipo de cruz que Jesus foi crucificado. Sem qualquer prova histórica ou bíblica, pintores Medievais e da Renascença nos deram o retrato de Cristo levando a cruz inteira. Mas o poste vertical, ou stipes, geralmente era fixado permanentemente no chão no local de execução. O homem condenado foi forçado a levar o patibulum, pesando aproximadamente 50 quilos, da prisão para o lugar de execução.
Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, “vê as minhas mãos”. Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão.
Um titulus, ou pequena placa, declarando o crime da vítima normalmente era colocado num mastro, levado à frente da procissão da prisão, e depois pregado à cruz de forma que estendia sobre a cabeça. Este sinal com seu mastro pregado ao topo teria dado à cruz um pouco da forma característica da cruz latina.

O suor como gotas de sangue

O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra.” (Lc 22:44) Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, consegue-se muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado. Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.

A condenação

De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Você deve já conhecer a tentativa de Pilatos de passar a responsabilidade para Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à crucificação.
Há muita diferença de opinião entre autoridades sobre o fato incomum de Jesus ser açoitado como um prelúdio à crucificação. A maioria dos escritores romanos deste período não associam os dois. Muitos peritos acreditam que Pilatos originalmente mandou que Jesus fosse açoitado como o castigo completo dele. A pena de morte através de crucificação só viria em resposta à acusação da multidão de que o Procurador não estava defendendo César corretamente contra este pretendente que supostamente reivindicou ser o Rei dos judeus.
Os preparativos para as chicotadas foram realizados quando o prisioneiro era despido de suas roupas, e suas mãos amarradas a um poste, acima de sua cabeça. É duvidoso se os Romanos teriam seguido as leis judaicas quanto às chicotadas. Os judeus tinham uma lei antiga que proibia mais de 40 (quarenta) chicotadas.

O açoite

O soldado romano dá um passo a frente com o flagrum (açoite) em sua mão. Este é um chicote com várias tiras pesadas de couro com duas pequenas bolas de chumbo amarradas nas pontas de cada tira. O pesado chicote é batido com toda força contra os ombros, costas e pernas de Jesus. Primeiramente as pesadas tiras de couro cortam apenas a pele. Então, conforme as chicotadas continuam, elas cortam os tecidos debaixo da pele, rompendo os capilares e veias da pele, causando marcas de sangue, e finalmente, hemorragia arterial de vasos da musculatura.
As pequenas bolas de chumbo primeiramente produzem grandes, profundos hematomas, que se rompem com as subseqüentes chicotadas. Finalmente, a pele das costas está pendurada em tiras e toda a área está uma irreconhecível massa de tecido ensangüentado. Quando é determinado, pelo centurião responsável, que o prisioneiro está a beira da morte, então o espancamento é encerrado.
Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado, e lhe é permitido cair no pavimento de pedra, molhado com Seu próprio sangue. Os soldados romanos vêm uma grande piada neste Judeu, que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre os seus ombros e colocam um pau em suas mãos, como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa para completar a cena. Um pequeno galho flexível, coberto de longos espinhos é enrolado em forma de uma coroa e pressionado sobre Sua cabeça. Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro do crânio é uma das regiões mais irrigadas do nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram o pau de suas mãos e batem em sua cabeça, fazendo com que os espinhos se aprofundem em sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico esporte, o manto é retirado de suas costas. O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue e grudado nas feridas. Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causa dor toturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhando outra vez.

A cruz

Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus. A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele. Ele tropeça e cai. As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido – exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.

A crucificação

A crucificação começa: Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico. Jesus se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira. Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste, e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”.
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido atraves deles, deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. “ (Lucas 23:34)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado – a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico – o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos – os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras – provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!”(Lucas 23:46).
O resto você sabe. Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.

Conclusão

Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: “E imediatamente verteu sangue e água.” Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa.
© Copyright C. Truman Davis
C. Truman Davis é um Oftalmologista nacionalmente respeitado, vice-presidente da Associação Americana de Oftalmologia, e uma figura ativa no movimento de escolas Cristãs. Ele é o fundador e presidente do excelente Trinity Christian School em Mesa, Arizona, e um docente do Grove City College.
Fonte: Hermeneutica

quarta-feira, 30 de março de 2011

Maior descoberta arqueológica do século pode revelar detalhes sobre origens da igreja cristã




article 1371290 0B63E82E00000578 233 634x419 Maior descoberta arqueológica do século pode revelar detalhes sobre origens da igreja cristã
Uma antiga coleção de 70 livros pequenos, cada um com 5 a 15 páginas de chumbo, pode desvendar alguns segredos dos primórdios do cristianismo. Para os estudiosos de religião e de história, trata-se de um tesouro sem preço. Ziad Al-Saad, diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia chegou a dizer que pode ser a “descoberta mais importante da história da arqueologia”.
Embora ainda estejam divididos quanto à sua autenticidade, especialistas acreditam que trata-se da maior descoberta da arqueologia bíblica desde que foram encontrado os Rolos do Mar Morto, em 1947.
Os livros foram descobertos há cinco anos em uma caverna (foto) em uma região remota da atual Jordânia. Acredita-se que pertenciam a cristãos que fugiram após a queda de Jerusalém no ano 70 dC. Documentos importantes do mesmo período já foram encontrados no mesmo local.
Testes iniciais indicam que alguns desses livros de metal datam do primeiro século. A estimativa é baseada na forma de corrosão que atingiu o material, algo que especialistas acreditam ser impossível reproduzir artificialmente. Quando os estudos forem concluídos, esses livros podem entrar para a história como alguns dos primeiros documentos cristãos, antecedendo até mesmo os escritos atribuídos ao apóstolo Paulo.
article 1371290 0B63F05200000578 171 634x432 Maior descoberta arqueológica do século pode revelar detalhes sobre origens da igreja cristã
A maioria das páginas  desses livros metálicos são do tamanho de um cartão de crédito. Os textos estão escritos em hebraico antigo, sendo a maior parte em um tipo de código. O britânicoDavid Elkington, acadêmico de arqueologia e de história religiosa antiga, foi um dos poucos a ter examinado os livros. Ele acredita que essa pode ser “a maior descoberta da história cristã”. ”É algo de tirar o fôlego pensar que temos acesso a objetos que podem ter pertencido aos santos dos primórdios da Igreja”, disse ele.
Após terem sido descobertos por um beduíno da Jordânia, o tesouro foi adquirido por um beduíno israelense, que está sendo acusado de contrabandeá-los para Israel, onde estão hoje. O governo jordaniano está tentando repatriar as relíquias, mas sem sucesso.
Philip Davies, professor emérito de estudos bíblicos da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, disse haver fortes evidências que os livros têm uma origem cristã e mostram mapas da Jerusalém do primeiro século. ”Há obviamente imagens cristãs. Há uma cruz em primeiro plano, e por trás dela o que tem pode ser o túmulo [de Jesus], uma pequena construção com uma abertura, e atrás disso os muros da cidade… É uma crucificação cristã que ocorreu fora dos muros da cidade”.
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A doutora Margaret Barker (foto), ex-presidente da Sociedade de Estudos do Antigo Testamento, explica: “O livro do Apocalipse fala de um livro selado que seria aberto somente pelo Messias. Outros textos da época falam sobre livros  de sabedoria selados e de uma tradição secreta transmitida por Jesus aos seus discípulos mais próximos. Esse é o contexto dessa descoberta. Sabe-se que, pelo menos em duas ocasiões, grupos de refugiados da perseguição em Jerusalém rumaram para o leste, atravessaram a Jordânia, perto de Jericó e foram para a região onde esses livros agora foram achados.”

Para ela, outra prova de que o material é cristão e não judaico é o fato de os escritos estarem em formato de livros, não de pergaminhos. “Os cristãos estão particularmente associados com a escrita na forma de livros. Eles guardavam livros como parte de uma tradição secreta do início do cristianismo… Caso se confirmem as análises iniciais, esses livros poderão trazer uma luz nova e dramática para a nossa compreensão de um período muito significativo da história, mas até agora pouco conhecido.”
Ela refere-se ao período entre a morte de Jesus e as primeiras cartas do Apóstolo Paulo. Há referências históricas a alguns desses acontecimentos, mas quase nenhum material deixado por quem realmente vivenciou o surgimento da igreja cristã. Essa descoberta sanaria muitas das dúvidas levantadas por outros estudiosos sobre a veracidade dos relatos da existência do que comumente é chamado de “o Jesus histórico”.
Agência Pavanews, com informações de BBC e Daily Mail.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Líder da seita Chana quer ter a maior família do mundo


familia chana Líder da seita Chana quer ter a maior família do mundo
Na Índia existe uma seita religiosa cristã denominada “Chana” que permite a poligamia. Ela foi fundada em junho de 1942 por Challian Chana. Seus membros acreditam que em breve estarão governando o mundo juntamente com Cristo. Hoje, o grupo conta com a adesão de 4.000 membros.
O atual líder desse grupo é Ziona Chana, neto do fundador. Ele tem  provavelmente a maior família do mundo. São 39 esposas, 94 filhos, 33 netos e 14 noras. Todos os seus filhos, inclusive os que já são casados, ainda moram com ele. A família toda mora na mesma casa, um prédio de 5 andares e com 100 quartos, em Baktawng, estado de Mizoram, perto da fronteira com Bangladesh. Seu lar (foto) recebeu o nome de Chhuanthar Run – que significa “A casa da nova geração”.
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Suas esposas mais jovens partilham um dormitório próximo do quarto privado de Ziona. As mais velhas dormem em um quarto separado, no primeiro andar da casa. Os moradores da cidade dizem que ele gosta de ter sete ou oito delas ao seu lado em todos os momentos. Aos 17 anos, Ziona conheceu e se casou com Zathiangi, sua primeira esposa, três anos mais velha que ele. Desde então, não parou mais de arranjar casamentos.
As esposas de Chana fazem uma espécie de revezamento para partilhar de sua cama. Também fazem turnos para cozinhar, enquanto as filhas limpam a casa e  lavam roupa. Os homens da família trabalham na agricultura e cuidam dos animais. Os 167 membros do clã consomem, em média, 40 galinhas, 60 quilos de batata e 90 quilos de arroz em uma refeição. As crianças estudam em uma escola dentro da própria casa, que possui ainda uma oficina e um playground. Eles vivem com seus próprios recursos, mas recebem ocasionalmente doações de seguidores da seita.
Quando era criança, Ziona acreditava que não iria se casar. Seu pai teve sete esposas e ele achava aquilo difícil. Mas agora diz ser um homem abençoado: “Sinto-me o filho predileto de Deus. Ele me deu tanta gente para eu cuidar e que cuida de mim… foi a vontade de Deus. Já casei com 10 mulheres em um ano… Mas continuo pronto para aumentar minha família e quero mais uma esposa”, disse.
Huntharn-ghaki, uma de suas esposas, explica que todas as mulheres de Ziona se dão bem: “é um sistema familiar baseado no amor e no respeito mútuo e genuíno de todos. Por isso é um sucesso”.
O filho mais velho da família, Parliana, hoje tem 50 anos e é o sucessor natural do líder da seita. Ele já se casou duas vezes e tem 13 filhos. Defensor do sistema, ele explica: “A maioria das mulheres com quem meu pai se casou são pobres e órfãs moradoras de nossa vila. Ao se casar com elas, ele deu um exemplo para toda a humanidade.
Agência Pavanews, com informações de The Sun e Pre-surfer.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Restitui: jovens norte-americanos querem a virgindade de volta

couple in bed Restitui: jovens norte americanos querem a virgindade de volta


Adolescentes querem sua virgindade de volta.
Dois terços dos adolescentes gostariam de ser virgens novamente, segundo uma pesquisa da OneHope, ministério jovem fundado em 1987 pelo missionário Bob Hoskins. Situado na Flórida, a OneHope calcula que já atingiu 700 milhões de jovens, em 125 países, através de revistas infantis, filmes, espetáculos musicais, aplicativos de smartphones, jogos interativos, entre outros meios de comunicação.
Segundo o ministério, foram entrevistados 5.108 jovens, com idade entre 13 e 18 anos e selecionados aleatoriamente. A pesquisa também levou em consideração a formação e a espiritualidade dos entrevistados. Os resultados divulgados são:
  • 61% dos adolescentes gostaria de casar virgens
  • 50% considera um casal (homem e mulher)  como uma família, mesmo que não sejam casados.
  • 82% acreditam que o plano de Deus era que o casamento durasse a vida toda
  • 76% aprovam o divórcio quando há crianças envolvidas.
  • 80% citam os pais como fonte de forte influência em seus pensamentos e ações
  • Porém, 34% passam menos de 15 minutos por semana discutindo assuntos importantes com seus pais.
  • 57% acreditam que apenas ser uma pessoa boa e fazer boas ações pode levá-los ao céu
  • Ainda assim, 52% acreditam que desenvolvimento espiritual não é algo  necessário para uma vida satisfatória.
  • 65% acreditam que a verdade é relativa
  • 69% assiste MTV toda semana.
“Existem muitas pesquisas a respeito dos jovens, mas quando nós ouvimos diretamente deles?” questiona Chad Causey, vice-presidente do ministério. “É por isso que a OneHope faz pesquisas ao redor do mundo, perguntando aos próprios jovens o que mais os influencia. Usamos essa pesquisa para entender melhor suas necessidades, conhecer o que os incomoda e proporcionar esperança através de experiências na mídia transmitindo o amor de Deus”.
Eles também disponibilizam sua pesquisa gratuitamente para organizações sem fins lucrativos e governos de todo o mundo através do site  SpiritualStateoftheChildren.com.  O estudo científico contém relatórios específicos das pesquisas realizadas em cada país, além de análises, fotos e outras informações sobre o condição espiritual de crianças e jovens. Já foram feitas pesquisas em 36 países, mas o Brasil ainda não participou. O material da OneHope já está disponível em português e pode ser recebido gratuitamente pelo site da missão AMME (AQUI).
Agência Pavanews, com informações de Orlando Sentinel e OneHope

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Surge o Valmirismo, a primeira religião virtual do mundo


Criador do Valmirismo, a “primeira religião virtual do mundo”, Valmir arrebanha fiéis pelo Orkut.
Valmir acredita no que afirma ou é praticante imperturbável de um gênero de troça farsesca. Ele declara ter no currículo 28 comendas e quase uma dezena de medalhas de mérito concedidas por órgãos públicos e entidades civis. Duas vezes eleito Mister Elegante em Itapevi, na Grande São Paulo, é colunista de vários jornais locais e tem trânsito livre na Câmara dos Vereadores. Homem de fala ligeira e cordial, é amigo de parlamentares, secretários municipais e gaba-se de ser sempre recebido com carinho pela prefeita Ruth Banholzer (PT). Está sempre presente nos eventos promovidos pelas autoridades, sendo ele convidado ou não. Mas Valmir Gonçalves Mendes – ou melhor, Comendador Mendes, como é conhecido – garante não ter preferências partidárias ou ambições políticas.
O maior objetivo de Valmir é difundir o Valmirismo, doutrina que criou em 1979 e ganhou asas anos mais tarde pela internet, convertendo-se na “primeira religião virtual do mundo”, nas suas palavras. “Nosso templo é a internet. Ninguém precisa de uma igreja para louvar a Deus. E é até melhor assim. Como não tenho de manter um imóvel, não preciso cobrar dízimo ou contribuições dos fiéis”, afirma o comendador.
Seus princípios e dogmas estão sintetizados no site www.valmirismo.cjb.net, que recebeu mais de 1 milhão de visitas em seis anos. Também em perfis e comunidades no Orkut, que possuem, somados, mais de 2 mil amigos, ou “adeptos”, como prefere denominar o líder religioso de 67 anos. Mendes atualiza as páginas na web e responde aos e-mails que recebe nos intervalos do trabalho, em seu modesto escritório de contabilidade, localizado no Jardim Suburbano, periférico até no nome. Quem quiser conhecer suas obras pode conferir a listagem no site: quatro livros publicados (com impressão custeada pelo próprio autor), 22 obras registradas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e outra obra cuja situação consta como “não informada”.
“Nossa doutrina prega e divulga o bem. E nós entendemos que o bem é tudo aquilo que é contrário ou oposto ao mal”, explica, em tom professoral. O que seria, então, o mal? “Tudo aquilo que é errado ou a sociedade não aceita, ué. Eu prego que todo homem está sempre certo, deve fazer aquilo de que gosta. E não falta quem me critique, dizendo que se todo mundo está certo, também estão corretos os homicidas. Mas eu sempre destaco que é preciso respeitar as leis e amar a Deus e ao próximo.”
Ex-pastor de igrejas evangélicas, Mendes se incomodava com o excessivo rigor exigido dos fiéis no comportamento. Decidiu apostar numa religião mais libertária. “Tem igreja que proíbe o fiel de usar bermuda no templo, outras que torcem o nariz para festas, que proíbem carne de porco. Para mim, o homem pode fazer tudo que o faz feliz, desde que permitido pela lei. Eu mesmo, se tivesse dinheiro, iria à boate todo sábado”, diz, em meio a risos. “Vivem me perguntando se sou a favor da união de homossexuais. Não vejo problema. Se o governo aprovar uma lei permitindo o casamento gay, vou apoiar. Eles nasceram assim, deve ser essas coisas de cromossomos. Temos de aceitar e deixá-los ser felizes.”
Fora da internet, o comendador aproveita o espaço de suas colunas na imprensa para divulgar o Valmirismo. No fim do ano, publicou suas previsões para 2011 no jornal Alternativa, entre elas a de que muitas cidades brasileiras sofreriam com enchentes e inundações em janeiro e a de que personalidades no mundo político, empresarial e cultural iriam morrer até o fim do ano. Teria o líder religioso dom para a vidência? “Não é nada disso. É experiência de vida”, explica. Também participa das passeatas para Jesus, sempre trajado com seus ternos repletos de insígnias e comendas, a bandeira do Valmirismo empunhada com orgulho. “Mandei desenhar uma coruja, símbolo do saber, na bandeira. É um animal que fala pouco e ouve muito.”
Há mais de 30 anos empenhado na tarefa de divulgar sua religião, o Comendador Mendes reconhece que, talvez, seja o único “valmirista 100%”, que não pratica outra religião. Ele não se queixa, porém, da ausência de um rebanho exclusivo. “Aqui na cidade tem muito evangélico que também é seguidor do Valmirismo. Eu não me importo se ele segue outra religião. Todo ser humano nasce valmirista, e se ele se sente feliz numa igreja, está ótimo.” A cabeleireira Elaine Ansilieiro, de 25 anos, ilustra bem o que Mendes quer dizer. Fiel da Igreja Pentecostal Ações e Graça, declara-se uma “valmirista disfarçada”. “Digamos que eu tenho uma religião real, na igreja, e outra virtual, na internet”, comenta.
Dentro de casa, no entanto, a mulher Luzia Lopes Lima, de 64 anos, faz até o sinal da cruz para negar qualquer envolvimento com o Valmirismo pregado pelo marido. “Sou adventista e minha religião é de verdade, não tem nada de virtual. Esse homem não bate bem da cabeça”, afirma, dando início a uma pequena discussão doméstica. “Eu não imponho minha religião a ninguém”, diz o comendador, na tentativa de colocar panos quentes. “Tenho muitos simpatizantes aqui em Itapevi. Veja essa foto em que estou abraçado com a prefeita”, diz, antes de ser interrompido pela mulher: “Esse homem é um puxa-saco”.
Comendador Mendes explica que se dá bem com políticos de todos os partidos e apresenta um amigo que conseguiu aprovar na Câmara uma comenda em sua homenagem por mérito cultural. “Ele está sempre presente nos eventos do município, apoia ações sociais para crianças, jovens, idosos. É uma pessoa muito querida”, comenta o vereador Paulo Rogério de Almeida, enquanto tentava colocar a prefeita para falar com o comendador pelo telefone. “Ela está assinando um contrato em Brasília e não pode atender agora”, diz o parlamentar, evangélico da Congregação Cristã e… valmirista na internet.
Responsável pela propositura que rendeu ao Comendador Mendes o título de “cidadão honorário” de Itapevi, em 1996, o ex-vereador João Moura Rodrigues brinca com a confusão religiosa. “Todos se sentem um pouquinho valmirista. É como se fosse a segunda religião oficial da cidade.”
Mendes sorri, agradecido, e não esconde o desejo de ampliar seu leque de adeptos. “Gostaria de divulgar mais o Valmirismo, falar em programas de tevê”, afirma.
Impressiona, ainda mais que a personagem, a quantidade de cidadãos prontos a participar do espetáculo.
Fonte: Carta Capital