Livro revela como a Igreja Católica ajudou o nazismo e outras ditaduras
Natália Rangel
Em nome da fé Cena do filme "Anjos e Demônios" no qual cardeais se reúnem para eleger um papa. Segundo Frattini, o único que dispensou os serviços de espionagem foi João XXIII |
E assim raciocinavam também ao menos outros 39 religiosos que atuaram no comando das organizações de espionagem e contraespionagem ligadas ao Estado do Vaticano desde a sua criação em 1566. Fartamente documentadas, as revelações estão detalhadas no livro "A Santa Aliança: Cinco Séculos de Espionagem do Vaticano" (Editora Boitempo), do jornalista e pesquisador Eric Frattini.
Ele embasa as suas afirmações em amplas pesquisas realizadas há pelo menos 12 anos em arquivos oficiais da Igreja de diversos países.
A Santa Aliança foi criada por ordem do papa Pio V com o objetivo de assassinar a rainha Isabel da Inglaterra, que era protestante, para restaurar o catolicismo no país. De lá para cá, 40 pontífices assumiram o comando da instituição e atuaram com mais ou menos rigor junto aos trabalhos de seus espiões. Segundo Frattini, houve um único papa que dispensou categoricamente os serviços desse organismo. Trata-se do papa João XXIII. Ele teve a coragem de enfrentar esse setor do Vaticano, que em seu entendimento trazia mais problemas do que soluções ao pontificado, e por isso ficou historicamente conhecido como o Papa Bom ou o Papa da Bondade.
COLABORAÇÃO O padre Petranovic com fugitivos nazistas (acima) e o bispo Rozman com agentes da SS |
Colaboração: Pr. Rodrigo
Extraido da ISTOÉ - http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2068/artigo142608-1.htm
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