sábado, 29 de agosto de 2009

Castelo Forte

Castelo Forte ou Castelo Forte é o Nosso Deus (em alemão: Ein feste Burg ist unser Gott) é um hino sacro, cantado em igrejas protestantes, composto por Martinho Lutero em 1529. O texto é baseado no Salmo 46, "Deus é nosso refúgio e fortaleza..." Heinrich Heine referiu-se a esse hino como a "Marselhesa" da Reforma Protestante. Johann Sebastian Bach utilizou sua melodia como tema da Cantata BWV 80. Felix Mendelssohn-Bartholdy empregou-a no último movimento da sua 5ª sinfonia (Sinfonia da Reforma). Na ópera "Os Huguenotes" de Giacomo Meyerbeer, é utilizada diversas vezes como Leitmotiv. É também citada na ópera "Friedenstag", de Richard Strauss.


Castello Wartburg em Eisenach

Histórico

"Castelo Forte" é um dos hinos preferidos da tradição Protestante. É considerado o Hino de Batalha da Reforma Protestante, devido ao efeito produzido no apoio à causa dos Reformistas. John Julian declina quatro teorias sobre sua origem:

· Heinrich Heine: foi cantado por Martinho Lutero e seus companheiros, quando entraram em Worms em 16 de abril de 1521, para a Dieta;

· K.F.T. Schneider: foi um tributo ao amigo de Lutero, Leonhard Kaiser, que foi executado como um mártir protestante, em 16 de agosto de 1527;

· Jean-Henri Merle d'Aubigné: foi cantado pelos príncipes luteranos alemães, quando entraram em Augsburg para a Dieta em 1530, na qual a Confissão de Augsburgo foi apresentada;

· a opinião de que foi composto em conexão com a Dieta de Speyer (1529), na qual os príncipes luteranos alemães apresentaram o seu "protesto" ao Imperador Carlos V, que queria reforçar o seu Édito de Worms (1521).

O mais antigo hinário existente, em que este hino aparece, é o de Andrew Rauscher (1531), mas é provável que ele figurasse no hinário de Wittenberg, de Joseph Klug, de 1529, do qual não existe cópia. Seu título era Der xxxxvi. Psalm. Deus noster refugium et virtus. Antes disso é provável que tenha figurado no Hinário de Wittenberg, de Hans Weiss de 1528, também extraviado. Esta evidência reforça a idéia de que fora escrito entre 1527 e 1529, já que os hinos de Lutero eram impressos imediatamente após serem escritos. A tradição diz que o Rei Gustavus Adolphus of Sweden fez executar esse hino, enquanto suas tropas marchavam para a Guerra dos Trinta Anos. O Salmo já tinha sido traduzido para a língua sueca, em 1536. Muitos séculos depois, a canção se tornaria o hino nacional do antigo movimento socialista sueco. Existem várias versões portuguesas desse hino; vide ligações externas abaixo. Talvez ironicamente, dado ao seu pedigree de Reformador, é atualmente um hino sugerido nas missas católicas, figurando na segunda edição de "O Livro Católico do Louvor", publicado pela Conferência Canadense dos Bispos Católicos.


Castelo Forte com a assinatura de Lutero

Texto

Em Alemão (original)

1. Ein’ feste Burg ist unser Gott,

Ein' gute Wehr und Waffen;

Er hilft uns frei aus aller Not,

Die uns jetzt hat betroffen.

Der alt’ böse Feind,

Mit Ernst er’s jetzt meint,

Groß’ Macht und viel List

Sein’ grausam’ Rüstung ist,

Auf Erd’ ist nicht seins Gleichen.

2. Mit unsrer Macht ist nichts getan,

Wir sind gar bald verloren;

Es streit’t für uns der rechte Mann,

Den Gott hat selbst erkoren.

Fragst du, wer der ist?

Er heißt Jesus Christ,

Der Herr Zebaoth,

Und ist kein andrer Gott,

Das Feld muss er behalten.

3. Und wenn die Welt voll Teufel wär’

Und wollt’ uns gar verschlingen,

So fürchten wir uns nicht so sehr,

Es soll uns doch gelingen.

Der Fürst dieser Welt,

Wie sau’r er sich stellt,

Tut er uns doch nicht,

Das macht, er ist gericht’t,

Ein Wörtlein kann ihn fallen.

4. Das Wort sie sollen lassen stahn

Und kein’n Dank dazu haben;

Er ist bei uns wohl auf dem Plan

Mit seinem Geist und Gaben.

Nehmen sie den Leib,

Gut, Ehr’, Kind und Weib:

Lass fahren dahin,

Sie haben’s kein’n Gewinn,

Das Reich muss uns doch bleiben.

Traduções

J. Eduardo Von Hafe (em Português)

1. Castelo forte é nosso Deus.

Espada e bom escudo;

Com seu poder defende os seus

Em todo transe agudo.

Com fúria pertinaz

Persegue Satanás,

Com artimanhas tais

E astúcias tão cruéis,

Que iguais não há na terra.

2. A nossa força nada faz,

Estamos, sim, perdidos;

Mas nosso Deus socorro traz

E somos protegidos.

Defende-nos Jesus,

O que venceu na cruz,

Senhor dos altos céus;

E, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha.

3. Se nos quisessem devorar

Demônios não contados,

Não nos podiam assustar,

Nem somos derrotados.

O grande acusador

Dos servos do Senhor

Já condenado está;

Vencido cairá

Por uma só palavra.

4. Sim, que a palavra ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará
Com Cristo por defesa.
Se temos de perder
Filhos, bens, mulher;
Embora a vida vá,
Por nós Jesus está
E dar-nos-á seu reino.



Interpretação: André Paganelli

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


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